Tento não pensar, mas me é impossível não ficar tão sentida quando uma pessoa muito amada não está bem, embora se convalescendo e é o que mais quero. Tento levar a vida como se não tivesse acontecendo nada e sorrindo para esconder de mim mesma, tentando diminuir o impacto. E já reparou? quando uma coisa desanda, não vem só. Isso vem me trazendo maus momentos, ando mais dramática que novela mexicana, que tudo só acontece comigo, cismo que tudo tá uma merda, que não tenho sorte ou jeito para algumas coisas ou pessoas e começo a lembrar de tudo que já deu errado, culpando-me e tentando entender essas culpas. Lembro-me então dos impasses, até daquele grande amor da vida que deu errado e que num outro momento da vida, de raiva, achei bom que não tivesse dado mesmo, a 'vingança' de como "fazer uma pessoa se culpar e se traumatizar em 'sete' dias"...rs.., mas não consigo saber se quero tira-lo definitivamente de mim...talvez por vir nessas lembranças, algo também bom junto.
Lembro-me também, do que deixei de dizer pouco ao longo da vida; do que demorei a mandar as favas e de muita babaquice. São nessas piores horas horas, que me vem isso tudo, como uma grande salada russa, como se passando um filme dos piores fatos na minha cabeça e todas as minhas dores pegassem carona numa dor maior, me deixando assim só pra me sacanear. Remexida, desfocalizada, desencontrada, desesperançosa saudosa, desanimada, sem chão e a pior dos mortais. Como se uma cortina negra se estabelecesse diante dos meus olhos, travando pensamentos esclarecidos e toda a minha base espiritual e positiva de vida. Sei que algo dentro de mim quer reagir, que está está torcendo muito, diz que tudo ficará bem e me faz pressentir também, que vou ouvir essa voz.
Engraçado essa coisa de saúde, que num momento uma pessoa está bem e em seguida, de repente, não está e tudo muda como se nos estalar dos dedos ...é por isso que digo que valorizar vida, saúde, momentos, oportunidades e pessoas, devem ser prioridades.
Algo em mim sabe que essa cortina é momentânea e como sempre, conseguirei dar um basta nessa nuvenzinha negra pra não acabar vivendo dela, pois se ficar nesse ponto fixo, a minha saúde mental e até mesmo fisica vai para o espaço. Quem sabe, o simples motivo de eu achar, que choramingar não é lá uma atitude de vida para eu ter orgulho já venha a ser um ponta pé inicial, mas convenhamos, que ter pena de si mesmo, é confortante, traz no tanto de infantilidade, uma sensação de mimo, um bálsamo, um colo. Só não posso viciar nesse tipo de colinho ardiloso e me tornar um imã de negatividade e acabar levando pra baixo quem estiver comigo. E é essa voz que começo a ouvir ;)
Não gosto do batido: ` calma que tudo melhora`; ou qualquer coisa nesse feitio e nem que me passem a mão na cabeça, soa como o 'pêsames' num enterro. Sou de abraços fortes e silenciosos e do tipo que sabe que vai passar, que preciso só retomar energias e, que essa cortina, não passa de um momento que todos passam e quem sabe, que seja preciso que todos passem por algum motivo.
A única certeza que se tem é que não se é eterno.
Até a minha cuca anda me sacaneando, lembrei-me só agora que hoje faço nove anos de relacionamento Oo...rs Mas como também não fui lembrada disso, ficam elas por elas, deixa 'keto'...rs 'Inté' parece também q vou começar a fazer show por causa de data, seria estar me sentindo muito na 'pedra' .
Para quem gosta de discrição, ter um blog e expor algo que eu não diria, admito que é uma sensação bem esquisita e talvez eu me arrependa ou não, mas é isso que me atrai, ' ver o bicho que dá', talvez sirva pra alguém sentir-se melhor diante dos próprios problemas,ver que mais pessoas passam por momentos críticos, que isso é normal e sadio assumir ;)
