Nostalgica

Quando vejo crianças brincando em parques e praças sem a menor graça, em meio a tanta cacofonia de carros, me passa uma agonia de infancia restrita. Comparo com a minha e logo me vem as boas lembranças  trazendo uma saudade deliciosa do sitio de Miguel Pereira, de comer pitangas no peh, das jabuticabeiras, do leite tirado na hora, da minha tia tocando o sino para alertar  a criançada que era hora do almoço e da familia toda unida. As fotos, hoje guardadas dentro de alguma caixa guardada no fundo do armario, de um tempo eternizado naquela imagem e no que me tornei. Aquilo sim, foi infancia... as historias, as lendas locais, a fantasia, a correria, os apelidos, os machucados...rs
E vendo pouco isso,  chega a me dar um pouco de pena dessa infância das cidades e nesses dias... Confesso, que sinto um pouco de culpa por  nao ter tido tempo o suficiente para explorar mais a natureza na infância da minha filha...
 Entao, quando a cabeça vaga em meio a culpa e memorias, surge a figura da minha avo, pilar essencial... quanta falta... Mas, o tempo passa, a vida segue , uns se vao, outros ficam e os que ficam vao morar longe; de repente um vazio se forma e a saudade aperta mais o peito.
Sempre nos damos conta depois, de que nada eh para sempre e me pergunto se poderia ter aproveitado mais aqueles momentos.